Conflito entre vizinhos termina em morte no Sul do RS
Publicidade

Um episódio trágico envolvendo dois vizinhos terminou com a morte de um homem de 49 anos na cidade de Rio Grande, localizada na Zona Sul do Rio Grande do Sul. O caso foi registrado pela Polícia Civil na segunda-feira (9), na região da Ilha dos Marinheiros, e envolve um histórico de ameaças e desentendimentos entre os envolvidos.
Segundo informações da Polícia Civil, a vítima fatal teria se dirigido armada até o local onde o vizinho de 29 anos realizava trabalhos de jardinagem. O jovem estava utilizando uma roçadeira para cortar a grama quando foi surpreendido pelo homem armado. Em uma reação imediata, ele usou a própria roçadeira para se defender, resultando na morte do agressor.
Publicidade

Histórico de ameaças e detalhes do confronto

As investigações iniciais apontam que os dois homens tinham um histórico de inimizade, incluindo episódios anteriores de ameaças de morte. O delegado responsável pelo caso, Lucas Lima, afirmou que o agressor foi até o local com a intenção de cometer um atentado contra o vizinho, levando consigo um revólver.
Durante a tentativa de ataque, a vítima reagiu em legítima defesa utilizando a roçadeira que operava no momento. “Durante o atentado, o autor — que estava cortando grama — reagiu utilizando uma roçadeira para se defender. A vítima foi atingida e entrou em óbito no local”, declarou o delegado.
A arma de fogo foi apreendida no local com duas munições percutidas, mas que não chegaram a ser disparadas, indicando falha na execução dos tiros.
Publicidade

Identificação e antecedentes dos envolvidos

As identidades dos envolvidos não foram divulgadas pelas autoridades. A polícia confirmou que o homem morto tinha 49 anos e possuía um registro anterior de ameaça, datado de 2009. Já o jovem de 29 anos, que reagiu ao ataque, não possui antecedentes criminais e, até o momento, não foi detido.
O caso levanta discussões sobre legítima defesa e violência entre vizinhos, especialmente em contextos onde há histórico de animosidades e ameaças não resolvidas judicialmente. O uso de um instrumento de trabalho como meio de defesa reforça o caráter emergencial da reação do jovem no momento do confronto.
Próximos passos da investigação
A Polícia Civil segue investigando o caso para esclarecer todos os detalhes da ocorrência. O inquérito vai considerar os relatos de testemunhas, evidências recolhidas no local e o histórico de relacionamento entre os dois homens para determinar se a legítima defesa será confirmada judicialmente.
Testemunhas oculares relataram que o jovem apenas reagiu após ser ameaçado com a arma, reforçando a tese de que a ação foi uma medida extrema para proteger sua própria vida. O delegado responsável afirmou que novos depoimentos e análises periciais ainda serão realizados para concluir o caso.
veja tambem: Expansão do metrô prevê túnel sob a Baía e trilhos até São Gonçalo
Casos como esse chamam atenção para a importância de ações preventivas em situações de conflito interpessoal, que muitas vezes se agravam ao ponto de tragédias como esta. O acompanhamento de ameaças recorrentes por parte das autoridades pode ser decisivo para evitar desfechos fatais.