Testemunha relata assassinato de Vanessa da Conceição em Samambaia: “Era muito amiga”

Vanessa da Conceição Gomes, de 32 anos, foi morta a facadas pelo companheiro neste domingo (18), em Samambaia, no Distrito Federal. O crime ocorreu na casa de um amigo da vítima, Cláudio Antunes, que presenciou o ataque.

“Ela era muito amiga, dava tudo por mim. Uma pessoa maravilhosa, uma irmã. Perdi o chão. Foi horrível ver aquilo acontecer por causa de um celular”, declarou Cláudio, abalado.

Segundo ele, o suspeito, Silvoneide Carvalho de Tôrres, de 42 anos, atacou de forma rápida e precisa. “Ele sabia o que estava fazendo. Atingiu em pontos letais”, disse. Cláudio também relatou que Vanessa já havia sido agredida anteriormente pelo companheiro.

De acordo com as investigações, o casal passou parte da tarde em uma distribuidora de bebidas. Mais tarde, Vanessa foi à casa de um conhecido com uma amiga. Silvoneide chegou ao local cobrando a devolução de um celular, mas testemunhas afirmam que ela não estava com o aparelho. Durante a discussão, ele a esfaqueou no ombro e pescoço.

Vanessa não resistiu aos ferimentos e morreu antes da chegada do socorro. Ela era mãe de sete filhos, incluindo um bebê de apenas um mês. O suspeito foi preso na madrugada desta segunda-feira (19), no Lago Norte. Segundo a Polícia Militar, ele confessou o crime sem demonstrar arrependimento.

Silvoneide foi autuado por feminicídio e embriaguez ao volante. Ele já possui antecedentes por violência contra a mulher.

Feminicídios no DF em 2025

Vanessa é a décima vítima de feminicídio no Distrito Federal neste ano. A lista inclui casos registrados em diferentes regiões administrativas desde janeiro. Um caso segue sob investigação, e dois foram descartados como feminicídio após novas apurações.

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Onde denunciar violência contra a mulher:

• Ligue 180 (Central de Atendimento à Mulher)
• Site da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos
• Aplicativo Direitos Humanos Brasil
• Em emergências, ligue 190 (Polícia Militar)
• Procure uma delegacia, preferencialmente uma Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam)
• Busque apoio psicológico, jurídico e social nos Centros de Referência da Mulher