Homem é preso após agredir bebê de quatro meses confundido com boneco ‘reborn’

Um episódio de violência chocou moradores da região Centro-Sul de Belo Horizonte na noite de quinta-feira (5). Um homem de 36 anos foi preso em flagrante após agredir um bebê de apenas quatro meses, alegando ter confundido a criança com um boneco hiper-realista conhecido como “reborn”. O caso ocorreu na Avenida Getúlio Vargas, no bairro Savassi, uma das áreas mais movimentadas da capital mineira.

Abordagem inusitada terminou em agressão

Segundo informações da Polícia Militar, o homem, identificado como Filipe Martins Cruz, se aproximou dos pais da criança enquanto eles estavam em frente a um trailer de lanches. Ele teria iniciado uma conversa aparentemente amigável, perguntando se o bebê era real ou um boneco “reborn”. Mesmo após os pais esclarecerem que se tratava de uma criança de verdade, o homem insistiu na ideia de que era um boneco.

Ignorando as negativas dos pais, Filipe desferiu um tapa na cabeça do bebê, causando inchaço imediato. A agressão foi presenciada por diversas pessoas que estavam no local e gerou revolta nos presentes.

Populares contiveram o agressor até a chegada da polícia

Testemunhas afirmam que o agressor parecia estar embriagado, mas, segundo os policiais que atenderam a ocorrência, ele apresentava sinais de estar sóbrio e consciente de seus atos. Após a agressão, o homem ainda ofendeu verbalmente o pai da criança. Pessoas que estavam na fila do trailer intervieram rapidamente, segurando o agressor até a chegada da viatura policial.

Um dos presentes relatou que ouviu o agressor gritar: “É um bebê reborn, é um bebê reborn!”, antes de desferir o tapa. A mesma testemunha afirmou que o som do golpe foi alto e que o rosto do bebê ficou visivelmente vermelho após o ataque.

Criança foi levada ao hospital, mas não corre risco de vida

Os pais, bastante abalados, foram levados junto com o filho para o Hospital João XXIII, onde a equipe médica realizou avaliação e informou que o bebê não corre risco de vida. O atendimento foi feito de maneira prioritária, considerando a idade da criança e o impacto da agressão.

De acordo com a mãe da criança, o agressor desconhecido se aproximou sem qualquer motivo e, inicialmente, parecia apenas curioso. A situação, no entanto, rapidamente se transformou em um ato de violência gratuita e absurda.

Motivação absurda e prisão em flagrante

Durante depoimento à polícia, o suspeito declarou que acreditava que os pais estavam tentando obter vantagem na fila do trailer usando um boneco hiper-realista. Ele alegou irritação com o suposto privilégio e justificou a agressão como uma forma de “provar” que não se tratava de uma criança real.

A delegada responsável pelo caso ratificou a prisão em flagrante de Filipe Martins Cruz por lesão corporal contra menor de idade. O suspeito foi conduzido à Divisão Especializada em Orientação e Proteção à Criança e ao Adolescente, localizada no bairro Barro Preto, também em Belo Horizonte.

Investigação será aprofundada pela Polícia Civil

A Polícia Civil já deu início às investigações e irá apurar o histórico do suspeito, bem como avaliar se houve premeditação ou outros agravantes na agressão. A conduta será analisada sob a ótica da proteção integral à criança, prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

O caso gerou grande repercussão nas redes sociais e reacendeu o debate sobre a segurança de crianças em ambientes públicos, especialmente diante de indivíduos em estado alterado ou com distúrbios de comportamento.

Família pede justiça e desaba após o trauma

A mãe da criança, ainda em estado de choque, declarou que nunca imaginou passar por uma situação tão absurda. “Foi uma cena surreal. Ele veio, falou coisas desconexas, e do nada bateu no meu filho. Só quero justiça e que isso não aconteça com mais ninguém”, desabafou.

O pai também se manifestou, dizendo que pretende tomar todas as medidas legais cabíveis contra o agressor. “Não aceitamos desculpas. O que ele fez é inaceitável, e o trauma para nossa família será duradouro.”

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Conclusão

O caso do bebê agredido em Belo Horizonte por um homem que alegou confundi-lo com um boneco “reborn” gera indignação e reforça a importância da vigilância social e da aplicação rigorosa da lei em casos de violência contra crianças. O agressor segue detido e à disposição da Justiça, enquanto a Polícia Civil trabalha para esclarecer todos os detalhes do episódio.